Publicado em 25 de junho de 2025
Empreender e trilhar o caminho da autonomia é, sem dúvida, um dos movimentos mais potentes e transformadores que podemos escolher em nossas vidas.
Como mentora de carreira, recebo constantemente pessoas que desejam deixar o emprego formal para empreender ou atuar de forma autônoma. Muitas vezes, chegam encantadas com a ideia de liberdade, horários flexíveis e altos ganhos. São seduzidas por uma narrativa que romantiza o empreendedorismo, como se bastasse coragem para dar certo. Porém, a realidade costuma ser bem mais complexa.
É verdade que o empreendedorismo oferece liberdade. Mas essa liberdade vem acompanhada de uma carga pesada de responsabilidades. De repente, você é o dono do próprio negócio, e com isso, o “dono” de todas as preocupações, incertezas, decisões e falhas. Você não trabalha menos, e sim o tempo todo. Mesmo nos momentos de descanso, sua mente segue conectada: será que estou fazendo o melhor? O que mais posso fazer? Onde errei? Empreender é como ter um filho, exige atenção, cuidado e presença constante.
Essa nova identidade requer uma ruptura. Romper com a imagem do “empregado” e abraçar o papel de “empreendedor” é um processo interno e externo. Exige coragem para abrir mão da previsibilidade e disciplina para enfrentar o caos criativo. Não há mais um chefe estabelecendo horários ou tarefas. E tão pouco um salário certo no final do mês. Você será seu próprio gestor do tempo, da organização financeira, da prospecção de clientes, da inovação, da resolução de problemas, tudo isso passa a ser de sua inteira responsabilidade.
Ao longo da jornada, muitos se deparam com a solidão do empreendedor. Ainda que amigos e familiares torçam por você, poucos compreendem verdadeiramente os medos, pressões e dúvidas que surgem no caminho. É fundamental buscar apoio: mentorias, grupos de empreendedores e profissionais com experiências semelhantes. Estar em rede fortalece, inspira e acolhe.
Outro desafio marcante é a gestão da incerteza. O mercado oscila, a economia muda, clientes vão e vêm. O sucesso não é linear. Em muitos momentos, você será testado em sua resiliência. A boa notícia é que cada obstáculo também traz uma oportunidade de reinvenção. Adaptar-se se torna uma habilidade essencial.
Do ponto de vista sistêmico, empreender não é apenas um movimento profissional. É um reflexo das nossas crenças mais profundas sobre trabalho, dinheiro, merecimento e sucesso. Muitas dessas crenças são herdadas de nossos antepassados. Se conhecemos nosso histórico familiar é possível que façamos escolhas mais conscientes.
E quando essa transição acontece em fases mais maduras da vida, pode ser tão empolgante quanto desafiadora. Há elementos importantes: abandonar uma carreira consolidada implica deixar para trás títulos, redes de contato, “segurança” e status. Existe um luto por tudo o que foi construído. Validar esse luto é parte do processo, não se trata de desvalorizar o passado, mas de honrá-lo enquanto se abre espaço para o novo.
Mesmo com toda a bagagem acumulada, há inseguranças ao ingressar em uma área desconhecida. Ter humildade para aprender, fazer perguntas e aceitar que ainda não se sabe tudo é essencial. É nesse espírito que a transição se torna mais leve.
No entanto, um dos pontos mais negligenciados, e que mais impacta o sucesso do empreendedorismo, é o planejamento financeiro. A paixão pelo novo pode ofuscar a necessidade de preparo. Mas é justamente a organização financeira que dá sustentação para que o novo caminho se desenvolva.
Alguns passos são essenciais:
Faça um diagnóstico realista das suas finanças. Saiba quanto você gasta, onde pode cortar e o que precisa guardar.
Crie uma reserva de emergência para manter a tranquilidade nos primeiros meses.
Idealmente, ela deve cobrir de 6 a 12 meses de despesas fixas.
Invista em conhecimento: cursos, mentorias, eventos, livros.
Pesquise o mercado. Converse com profissionais da área, conheça a realidade além do encantamento.
E, se possível, inicie a transição de forma gradual. Teste antes de mergulhar.
Durante a transição, mantenha o controle de suas finanças e seja rigoroso com os custos.
Utilize ferramentas para acompanhar entradas e saídas.
Se necessário, mantenha uma fonte de renda paralela.
Revise seu orçamento periodicamente.
Depois de consolidado o novo caminho, volte a investir em sua reserva e em seu crescimento.
Recompense-se, mas com consciência.
Estruture sua aposentadoria, diversifique investimentos, crie metas claras.
Continue aprendendo – o crescimento é contínuo.
Fonte: E.M Foco
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